Orçamento e Planejamento

Orçamento de Obras: 7 erros que podem comprometer todo o projeto

28 de maio, 20255 min
Orçamento de Obras: 7 erros que podem comprometer todo o projeto

O orçamento de uma obra é muito mais do que uma simples estimativa de custos — ele é a base estratégica sobre a qual todo o projeto será construído. Um orçamento bem elaborado garante que os recursos estejam devidamente planejados, que os prazos sejam realistas e que as margens de lucro estejam asseguradas.

Ele orienta decisões técnicas, define limites de contratação, previsões de materiais por cada tipo de serviço, embasa negociações e serve como um dos principais instrumentos de controle ao longo da execução.

Quando o orçamento é feito com precisão e visão técnica, os benefícios são visíveis: menos surpresas, maior controle financeiro, entregas dentro do prazo e maior lucratividade para a empresa.

Por outro lado, um orçamento mal feito, ou daqueles que acabam camuflando muitos pontos que parecem pequenos, mas que causam grande impacto no contexto geral, podem acabar provocando uma série de consequências negativas.

Você talvez já tenha se deparado com situações desse tipo, como: atrasos na obra, prejuízos financeiros, retrabalhos, aditivos contratuais indesejados e até comprometimento da reputação da empresa.

O que torna os erros de orçamento especialmente perigosos é o fato de que eles geralmente só se revelam no momento da execução — quando corrigir já não é tão simples, rápido ou barato.

Muitas construtoras e empreiteiras acabam fechando contratos com orçamentos aparentemente “competitivos”, mas que escondem falhas críticas que comprometem toda a rentabilidade da obra.

Neste artigo, reunimos os 7 erros mais graves cometidos no orçamento de obras, tudo com base em vivências de mercado e a opinião de profissionais especializados. Evitar esses equívocos é essencial para transformar o orçamento em um verdadeiro aliado estratégico — e não em uma armadilha.

Confira cada um desses erros na sequência do artigo e saiba como evitá-los.

Erro 1: Desconsiderar encargos indiretos e BDI de forma adequada

Vamos começar com um erro apontado pelo Yago Quednau, Gerente de Engenharia e Operações da MaxTeste Engenharia e Meio Ambiente, e especialista no software 90 Compor Orçamento de Obras: desconsiderar encargos indiretos e a aplicação inadequada do BDI.

“Um dos erros mais recorrentes é aplicar o BDI (Benefícios e Despesas Indiretas) de forma genérica, sem levar em conta todos os custos indiretos, tributos e riscos envolvidos. Muitas vezes, para tornar o orçamento mais "competitivo", empresas acabam omitindo encargos importantes como custos financeiros, seguros, garantias contratuais, riscos da obra e administração central”, ressalta Yago.

Impactos: Isso leva a um orçamento irreal, que pode parecer vantajoso no papel, mas se torna inviável na execução, resultando em prejuízos ou margens de lucro extremamente reduzidas. Em casos mais graves, compromete a entrega da obra.

Erro 2: Orçar com base em preços desatualizados ou genéricos

Ainda de acordo com o Quednau, “outro erro frequente é o uso de composições padrão desatualizadas ou tabelas de referência sem a devida validação com o mercado local”. Isso acontece, pois os preços de insumos e serviços variam significativamente por região e ao longo do tempo.

Impactos: A falta de atualização leva a grandes distorções entre o planejado e o executado. Isso dificulta o controle financeiro da obra e exige ajustes constantes, afetando cronogramas e fluxo de caixa.

Erro 3: Subestimar a complexidade técnica da obra

Muitas vezes o orçamento é feito com base em obras semelhantes anteriores, ignorando as particularidades técnicas do novo projeto. Questões como acesso ao local, interferências, topografia, tipos de fundação e exigências legais locais podem tornar a obra mais complexa e custosa.

Impactos: A subestimação da complexidade pode gerar retrabalhos, atrasos, aditivos contratuais e desgaste com o cliente. Também é uma das principais causas de estouro de orçamento.

Erro 4: Não considerar a produtividade real da equipe

Em muitos orçamentos, são usadas produtividades ideais ou baseadas em manuais técnicos, sem considerar a produtividade real da equipe, que pode variar de acordo com a qualificação da mão de obra, as condições do canteiro e o clima.

Impactos: A superestimação da produtividade gera prazos irreais e custos subestimados. Quando a realidade da obra é diferente, a empresa precisa de mais recursos e tempo para cumprir o escopo, o que compromete o planejamento e o lucro.

Erro 5: Ignorar custos indiretos de apoio ao canteiro de obras

Itens como locação de equipamentos, transporte de pessoal, instalações provisórias (banheiros, almoxarifado, refeitório), energia, água e segurança muitas vezes são esquecidos ou subdimensionados no orçamento.

Impactos: Esses custos indiretos, quando não previstos corretamente, acabam sendo cobertos com recursos próprios da empresa, afetando a margem e podendo levar a desequilíbrios financeiros durante a execução da obra.

Erro 6: Não prever margem de risco adequada

Toda obra está sujeita a imprevistos: clima, variação de preços, indisponibilidade de materiais, problemas legais e acidentes. Quando o orçamento não inclui uma margem de risco ou contingência para lidar com esses fatores, a empresa fica vulnerável.

Impactos: Sem essa reserva técnica, qualquer imprevisto pode gerar prejuízos imediatos e desequilíbrio financeiro. É um erro grave, especialmente em contratos públicos ou com margens muito apertadas.

Erro 7: Falta de integração entre orçamento, planejamento e execução

Um erro estratégico comum é tratar orçamento, planejamento e execução como etapas separadas. Sem integração entre essas fases, o orçamento não reflete o cronograma real e as decisões de compra e contratação podem ser desalinhadas com o planejamento.

Impactos: A falta de alinhamento leva a desperdícios, atrasos e conflitos entre áreas técnicas e administrativas. Um bom orçamento precisa ser vivo e integrado ao acompanhamento da obra.

A Importância de Usar um Software Especializado

Evitar todos esses erros exige conhecimento técnico, atualização constante e controle preciso de dados. É nesse ponto que um software especializado como o 90 Compor Orçamento e Planejamento de Obras faz toda a diferença.

O 90 Compor permite:

  • Criar orçamentos detalhados e atualizados com bases de dados diversas;

  • Calcular corretamente o BDI, encargos e tributos;

  • Integrar orçamento com o planejamento e o cronograma físico-financeiro;

  • Realizar a análise de curvas ABC de insumos e serviços;

  • E muito mais.

Além disso, sua interface moderna e amigável, somada com todas as suas funcionalidades avançadas ajudam a reduzir erros humanos, acelerar processos e aumentar a assertividade na tomada de decisão.

Conclusão

O orçamento é o ponto de partida para o sucesso de qualquer obra. Evitar os erros que destacamos aqui é essencial para garantir uma execução sem surpresas desagradáveis, com controle financeiro, prazos realistas e margem de lucro protegida.

E para alcançar esse nível de excelência, contar com ferramentas inteligentes como o 90 Compor Orçamento e Planejamento de Obras pode ser o diferencial que separa empresas eficientes daquelas que enfrentam prejuízos e falhas recorrentes.

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