Em face da pandemia do novo Coronavírus que assola o mundo neste ano de 2020, o isolamento social foi o amargo remédio que a humanidade teve que tomar para combater a doença. A vida mudou. Rotinas alteradas, projetos suspensos e atividades adiadas foram algumas das consequências da Covid-19.
O vírus chegou ao Brasil no fim de fevereiro e só agora, quase três meses depois, o país começa a dar os primeiros passos para a flexibilização das atividades comerciais classificadas pelo governo como não essenciais.
A retomada das atividades econômicas requer cautela e muito planejamento, apontam especialistas do Ministério da Saúde. O “novo normal” envolve medidas de proteção e cuidados extras como higiene dos estabelecimentos, uso constante de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), número controlado de pessoas em locais fechados e mudanças na escala de trabalho.
Entre as regras de prevenção ao Coronavírus estão:
Uso obrigatório de máscaras;
Disponibilização de álcool gel;
Higienização frequente dos espaços;
Horário de funcionamento reduzido;
Distanciamento.
A flexibilização nos estados e municípios será feita em fases ou etapas. Em Belo Horizonte, por exemplo, a Prefeitura apresentou um plano de reabertura do comércio que é composto por três fases, além de contar com o monitoramento do contágio.
O governo municipal prevê a reabertura de diferentes setores da economia em cada fase, que serão liberadas de acordo com os índices epidemiológicos estabelecidos. O município está na segunda fase de reabertura.
Outras cidades da Região Metropolitana de Belo Horizonte também flexibilizaram as atividades comerciais como Sabará, Contagem e Betim.
A Prefeitura do Rio de Janeiro também deu início à flexibilização da quarentena. A partir da primeira semana de junho, atividades em igrejas e a orla da cidade foram liberadas. No caso do comércio, a capital fluminense prepara uma reabertura comercial dividida em seis etapas.
No caso de São Paulo, estado mais afetado pela Covid-19 no Brasil, a retomada das atividades econômicas será feita de acordo com a situação e características de cada região e será em 5 fases.
A cidade de São Paulo está na fase 2 da flexibilização, onde escritórios, concessionárias, atividades imobiliárias, shopping centers e comércio podem ser reabertos com restrições e seguindo os protocolos de saúde, testagem, higiene, horários alternativos, dentre outros.
Tanto nos estados quanto nos municípios citados, diversas atividades foram interrompidas, situação que se repete no país inteiro. No caso da engenharia, o Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo – SEESP aponta que cerca de 14 mil obras precisaram ser interrompidas em todo o país devido à pandemia.
Com a flexibilização das atividades progredindo em vários estados do Brasil, a retomado do mercado de engenharia e a recuperação econômica do setor entram em discussão.
Investimento em ciência e tecnologia, bem como em energias renováveis, tendo em vista o potencial energético do país, além de políticas urbanas são soluções encontradas pelo setor no cenário pós-pandemia.
Em alguns estados a setor de engenharia foi visto como atividade essencial e não teve suas atividades interrompidas, porém naqueles em que, por medidas de segurança, as obras tiveram que ser interrompidas a construção de hospitais de campanhas mostra a importância da classe para a sociedade.
O Ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, tem dado sinais de que no cenário pós-pandemia várias ações serão tomadas para estimular os investimentos no setor.
É válido ressaltar que o governo federal apresentou, no último dia 22 de abril, o programa Pró-Brasil, que prevê investimento de R$30 bilhões em três anos, basicamente destinado para infraestrutura.
A pandemia da Covid-19 não tem data para acabar, assim como também não foi desenvolvida uma vacina contra a doença, todavia a flexibilização das atividades comerciais é uma prova que a sociedade luta para retomar sua normalidade, respeitando procedimentos e protocolos orientados pelos órgãos competentes.