Resíduos da construção civil: novidades no catálogo de normas em 2018
A gestão de resíduos na construção civil é um assunto capaz de tirar o sono do empreendedor. Afinal de contas, em um só dia o país acumula 120 toneladas de todo tipo de descarte no setor.
Isso significa que muito trabalho deve ser feito para que eles sejam destinados ao local certo, evitando multas para as empresas e um impacto menos nocivo ao meio ambiente.
Para reduzir o problema, neste post nós vamos apontar algumas novidades do catálogo de normas em 2018 que prega, especificamente, todo cuidado que os empreendimentos devem ter ao lidar com resíduos na construção civil. Confira!
O que consta no catálogo de normas em 2018?
Independentemente do porte ou destinação do que estiver sendo projetado, os resíduos na construção civil seguem por caminhos idênticos.
São os mesmos materiais usados, o que leva a um destino final em comum. Assim, o catálogo de normas de 2018 visa aprofundar as questões pertinentes à gestão de resíduos da construção civil.
Para o ano, a sexta edição do catálogo contempla uma série de atrativos, como:
1.047 normas;
124 páginas de orientações;
referenciais múltiplos para a tomada de decisão em todas as fases da obra.
Atualizado, o catálogo está de acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) — e com uma grande novidade: cinco normas específicas para a aplicação de uma boa gestão de resíduos na construção civil.
Com isso, o guia vai privilegiar o uso de normas técnicas que gerem mais conformidade ao setor, como um todo. Algo que permite a redução de custos, a otimização dos projetos e a segurança ambiental enquanto o crescimento seja percebido no setor de construção civil.
Por que é tão importante o gerenciamento de resíduos na construção civil?
Além dos dados já citados a respeito da geração de resíduos, o desperdício é significativo em todo o país. Por exemplo: 80% dos municípios descartam da maneira incorreta tudo aquilo que não é utilizado na execução da obra.
Também conhecidos como Resíduos da Construção e Demolição ou Resíduos da Construção Civil (RDC ou RCC), esses materiais têm a destinação correta para evitar impactos prejudiciais à natureza em decorrência do descarte desses produtos.
Portanto, cabe às empresas seguirem tudo aquilo que foi previamente definido — e o que consta nas versões atuais de documentos como o catálogo citado no início do artigo — pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA).
Vale conhecer, então, algumas questões que permeiam os resíduos na construção civil. Casos de:
Classificação de resíduos na construção civil
A classificação de resíduos na construção civil segue dois parâmetros: a Resolução 307/2002 e a norma ABNT NBR 10004:2004.
Para o primeiro os resíduos são divididos em:
classe A: reutilizáveis ou recicláveis de construção;
classe B: materiais reutilizáveis ou recicláveis (como vidro, metal ou plástico, entre outros);
classe C: itens cuja destinação não permite a reciclagem ou recuperação;
classe D: resíduos perigosos ou que, direta ou indiretamente, sejam nocivos à saúde (como itens radiológicos).
Agora, de acordo com a Norma ABNT NBR, os resíduos na construção civil recebem a seguinte classificação:
classe I: produtos inflamáveis ou que sejam reativos a outras substâncias;
classe II: entulhos que, embora não participem da classificação acima, podem ser combustíveis;
classe II A: produtos não perigosos;
classe II B: entulhos que não apresentam mudanças em seus constituintes quando imersos em água (não alterando, portanto, as características da mesma).
Entra, aqui, a atenção especial à gestão de resíduos na construção civil, conhecendo as propriedades de tudo aquilo que é gerado e descartado.
O que evidencia a necessidade de um importante planejamento para gerir esse elemento comum a todas as etapas de execução de uma obra.
Como montar um plano de gestão de resíduos na construção civil?
Uma vez que existem diversas medidas cautelares para que as empresas sigam uma boa política de resíduos na construção civil, saber por onde começar essa empreitada é crucial.
Inclusive, porque os projetos devem contemplar toda a atenção que a empresa deu a essa questão em suas construções. Algo que vai estar presente no Projeto de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil (PGRCC) — sempre encaminhado ao órgão fiscalizador.
O material ajuda efetivamente na gestão de resíduos na construção civil, levando em consideração que o PGRCC tem que estar atualizado com:
aspectos relacionados aos insumos cuja utilização está prevista para a obra;
avaliação da geração de resíduos;
soluções para manejar da maneira correta cada um deles.
Além disso, uma gestão responsável e eficiente sobre os resíduos na construção civil tornam o processo, como um todo, mais harmônico, produtivo e livre de imprevistos.
Para ajudar, separamos alguns itens que podem ser seguidos para promover essa gestão a ponto de agregar ainda mais excelência ao serviço prestado e ao descarte de materiais. São eles:
pratique um planejamento em que são analisados o total de materiais utilizados, a média de descarte e a destinação correta para cada um deles — de acordo com as classificações citadas anteriormente;
planeje também o layout do canteiro de obras para facilitar o transporte, evitar desperdícios (e prejuízos) e otimizar toda a execução do projeto;
treine e capacite os seus colaboradores para que eles entendam sobre o manejo e a destinação correta de cada resíduo;
estude as melhores alternativas para armazenar os materiais;
crie meios de auditoria para verificar se o previsto está sendo cumprido em cada fase da obra;
entenda quais são os melhores locais para despejar os resíduos da construção civil.
Seguindo essas dicas e orientações, fica mais fácil agregar valor ao trabalho conduzido no ambiente de trabalho, valorizando, assim, o descarte de resíduos da construção civil.
E que tal fazer a diferença antes mesmo de aplica RNA prática as sugestões acima?
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