Para os profissionais do setor de construção civil, a atenção às normas, requisitos e legislações vigentes deve ser dobrada. Tudo para que as suas obras sejam construídas em conformidade, evitando prejuízos de toda espécie.
Entre as normas que merecem um grande cuidado ao elaborar um novo projeto, temos a NBR 15.575, cujos requisitos foram revisados e tornaram-se exigência desde 19 de julho de 2013.
Pode fazer um tempo, é verdade, mas foi exatamente como dissemos: muitas mudanças, vindas de diferentes fontes, podem confundir os profissionais do setor. Por isso, estabeleceremos neste artigo, tudo a respeito dessa norma.
Quais os parâmetros que ela engloba e os parâmetros técnicos a serem observados? Acompanhe!
A NBR 15.575 foi publicada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), com o principal objetivo de criar parâmetros pré-estabelecidos para uma edificação. Entre eles, podemos apontar:
Desempenho acústico;
Desempenho térmico;
Durabilidade;
Garantia;
Vida útil.
Essas regras também visam a determinação de um nível mínimo para cada uma delas, da mesma maneira que passam a dividir as responsabilidades entre os projetistas, construtores, fabricantes e usuários. Isso fica mais claro quando analisamos a segmentação proposta pela NBR 15.575, que conta com 6 partes bem distintas.
A primeira parte da NBR 15.575 atua mais como um índice para remeter às especificações de todo aspecto sobre o qual essa norma se refere — como os sistemas estruturais e vedações. Com isso, pode-se dizer que essa parte é um índice completo e detalhado a respeito de sua definição, responsabilidades e parâmetros.
Aqui, são estabelecidos todos os aspectos estruturais que devem compor uma edificação habitacional. Para tanto, são apontados os números referenciais para compor estabilidade e resistência ao imóvel. Além disso, expõe níveis de resistência para evitar todo tipo de rachadura e falhas — duas importantes patologias nas construções.
Esta etapa foi uma das mais revistas durante a última modificação da NBR 15.575. Agora, são normatizados os pisos internos (como já era na última versão) e também os externos. Vale apontar também que existem definições claras no novo texto a respeito do coeficiente de atrito e de resistência a escorregamentos.
Trata dos desempenhos focados nos sistemas de vedação, que são compostos pelas paredes e suas respectivas esquadrias (tanto para fachadas quanto para portas e janelas). Com isso, alguns requisitos devem ser levados em conta, como:
Estanqueidade ao ar;
Estanqueidade à água;
Estanqueidade contra rajadas de ventos;
Estanqueidade para oferecer conforto acústico e térmico.
Poucas alterações foram observadas no campo de sistemas de coberturas, embora alguns aprimoramentos tenham sido considerados. É o caso dos requisitos a respeito da reação ao fogo, nos materiais de revestimento, de acabamento e da resistência contra o fogo no sistema de cobertura.
Por fim, a sexta parte da NBR 15.575 aponta os requisitos essenciais voltados aos sistemas prediais (tanto de água fria quanto de água quente), além de esgoto sanitário, ventilação e também dos sistemas prediais de águas pluviais.
Nessa etapa, são apontados conceitos diversos. Eles vão desde a durabilidade dos sistemas à previsão e outros critérios a serem observados para a manutenção da construção e de suas partes relativas ao bom funcionamento desse tipo de sistema.
É seguro dizer que a NBR 15.575, de 2013, pode gerar mais custos no valor de construção — estima-se que algo em torno de 5 a 7% do valor final. Primeiramente, isso se deve ao fato de que essa versão é mais detalhada e também mais abrangente, sendo algo que já impacta a indústria como um todo, independente do porte da construção.
Vale apontar que, embora a redução de custos não seja percebida com a adequação à NBR 15.575, estar de acordo com as exigências faz com que os empreendimentos não sofram custos extras com adequações futuras.
Isso porque esse tipo de norma tem valor jurídico, fazendo com que os empreendedores busquem as melhores maneiras de evitar inadequações em suas obras. Principalmente porque os consumidores finais poderão reclamar quando encontrarem algum problema.
Como mencionamos anteriormente, existe uma boa revisão por trás dos requisitos focados em acústica, isolamento e resistência das edificações. Além disso, esse aspecto é um dos que mais podem causar problemas às empresas, caso um consumidor busque seus direitos na justiça.
Por isso, é importante analisar profundamente as melhores alternativas para estar em alinhamento com as exigências definidas em 2013 para a NBR 15.575.
Sobre o isolamento acústico, a NBR 15.575 tem definidas as classes de desempenho mínima, intermediária e superior. Além disso, toda construção que tiver dois ou mais apartamentos no mesmo andar, deverá ter paredes de geminação com, no mínimo, 45 dB de isolamento entre os dormitórios.
Já as paredes de alvenaria abandonaram as espessuras finas e, para devolver um bom isolamento aos moradores, devem ter pelo menos 20 cm de espessura. Outras revisões são:
As lajes de concreto deverão contar com uma espessura acima de 10 cm;
Em vez de uma folha de vidro, apenas em janelas com duas folhas de alumínio, o indicado agora é de uma folha a mais de vidro para garantir melhor isolamento acústico;
A NBR 15.575 exige que as fachadas possuam isolamento de pelo menos 25 dB.
A sua empresa já segue à risca as revisões na NBR 15.575? Compartilhe a sua experiência com a gente no campo de comentários deste post!