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Construção civil 2017: previsões de crescimento para o setor

19 de dezembro, 201610 min
Construção civil 2017: previsões de crescimento para o setor

O mercado imobiliário ainda sente os efeitos da crise econômica enfrentada pelo Brasil. Este cenário deve permanecer inalterado na construção civil 2017, porém as expectativas dos economistas para o setor são menos pessimistas e motivadas pela retomada da confiança.

De acordo com o Banco Central, a projeção é de que outros indicadores voltem a crescer. Os investimentos devem chegar ao fim de 2017 com uma alta de 4%. Segundo pesquisa da Confederação Nacional das Indústrias (CNI), a atividade da construção civil estava em baixa no começo de janeiro de 2016 e veio crescendo levemente até julho.

As previsões da CNI são de uma expansão do Produto Interno Bruto de 1,2% em 2017; de 2,5% em 2018; de 2,8% em 2019; e de 3,1% em 2020. O último Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central, aponta que a expectativa do mercado é de que o recuo do PIB seja de 3,5% ao final de 2016. Para 2017, a expectativa é de que o ano termine com o recuo de 0,98%.

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Geração de emprego na construção civil 2017

A área que mais demandará trabalhadores qualificados entre 2017 e 2020 é a de construção civil (3,8 milhões). Este dado foi apresentado no segundo semestre de 2016, pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), que aponta um aumento significativo na busca de jovens estudantes por cursos técnicos e profissionalizantes na área.

Os investimentos no ramo de habitação projetam ser um dos caminhos mais eficazes no combate ao desemprego. Com base nos últimos três meses (outubro, setembro e agosto de 2016), o setor tem a sinalização de que reverterá a queda de 2015 com crescimento em torno de 5%.

Neste cenário, o estudo pode apoiar os jovens na escolha de sua profissão e, com isso, aumentar as chances de ingresso no mercado de trabalho.

A demanda por formação inclui a requalificação de profissionais já empregados e aqueles que precisam de capacitação para ingressar em novas oportunidades no mercado.

Busca pelos cursos de engenharia nas universidades

A busca pelos cursos de engenharia nas universidades brasileiras ainda é alto. Em muitos estados, o índice tem subido consideravelmente! A CNI estima que, inicialmente, haverá recuperação dos investimentos privados, incluindo concessões e privatizações e que, posteriormente, o emprego começará a se recuperar.

Crescimento no mercado imobiliário

Segundo relatório da agência de classificação Moody's, a recuperação do setor imobiliário não deve acontecer antes de meados de 2017. A falta de liquidez (dificuldade em vender) será a grande preocupação do setor.

Em comparação com o ano anterior, as receitas das construtoras deverão recuar 10% em 2016 e as margens brutas permanecerão estáveis.

Em contrapartida, dados relativos ao lançamento de 20 incorporadoras, associadas à Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC), mostram que os lançamentos no Brasil vêm crescendo desde o mês de março de 2016, na comparação com o mesmo mês do ano anterior.

Ou seja, isso indica que parte do ajuste no mercado imobiliário já foi realizado.

A situação da carteira de contratos das empresas da construção civil retrata bem o cenário do setor. O mercado recebeu boas notícias, como a retomada dos investimentos no Minha Casa Minha Vida e a criação do Cartão Reforma.

O crescimento limitado da construção civil

A construção civil deve crescer de maneira limitada devido ao elevado volume de estoques. Alguns especialistas estimam crescimento de 2,5% para o setor em 2017, enquanto outros acreditam que a construção civil deve avançar apenas 1,2% no próximo ano e mostrar maior vigor em 2018, quando a alta deve alcançar 7%.

Em outubro de 2016, o índice de intenção de investimento aumentou para 28,8 pontos, indicando uma maior propensão dos empresários para investir. Nesse caso, o índice varia no intervalo de zero a 100 pontos, sendo que, quanto maior o índice, maior é a intenção de investimento.

Financiamento imobiliário em 2017

Por meio de uma economia fortalecida e consistente, é possível alcançar inúmeros benefícios, como melhora na confiança e renda do consumidor, baixa inadimplência e aumento da empregabilidade. Todos esses fatores asseguram, de certa forma, requisitos propícios para a aquisição de um imóvel, seja ele comercial ou residencial.

Com o desemprego e a inflação em alta, o consumidor visa adiar o sonho da casa própria, já que ele enfrenta mais dificuldades para assumir dívidas e fechar novos negócios.

No entanto, para 2017, a previsão é de que haja redução de juros, o que faz com que a economia fique mais aquecida.

Incentivos e melhorias na Legislação

Representantes da Confederação Nacional da Indústria se reuniram no segundo semestre com o presidente da República em exercício e pediram mudanças na legislação trabalhista para enfrentar a crise econômica.  

Michel Temer defendeu a regulamentação da terceirização, que está tramitando no Senado; o fortalecimento dos acordos sindicais entre trabalhadores e empregadores; e mudanças na chamada NR-12, norma do Ministério do Trabalho que dispõe sobre a segurança do trabalho em máquinas e equipamentos.

O ano que segue a uma crise econômica ou política costuma ser de acomodação e reestruturação. É sempre bom lembrar, no entanto, que os primeiros setores a se recuperarem depois de uma crise costumam ser o automotivo e o imobiliário, segundo especialistas na área.

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