Balanço da Construção Civil em 2020: confira análise da Sinduscon-MG
Sindicato apresenta balanço da construção civil no ano em que a pandemia do Coronavírus prejudicou diversos mercados
A construção civil começou o ano de 2020 com a expectativa de crescer entre 2% e 3%. Inúmeros fatores ajudariam no resultado positivo: a aprovação da reforma da previdência, taxa de juros no menor patamar da série histórica, expectativa da realização de novas reformas (tributária e administrativa), incremento do financiamento imobiliário e a inflação sobre controle são apenas alguns dos mais importantes.
Mas o balanço da construção civil feito pela Sinduscon mostra o contrário. Em março desse ano, a pandemia provocada pelo novo Coronavírus chegou de forma avassaladora, com abalo à saúde pública e gerando uma forte crise na economia global.
O Brasil ainda se recuperava da crise anterior ocorrida entre 2014 e 2016. Com o avanço da nova doença, as projeções passaram a ser muito pessimistas, com recuo de 11% nas atividades da construção.
Para o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, o Fundo Monetário Internacional (FMI) estimou, no auge da crise, retração de cerca de 9%. Porém, mesmo com a crise que afetou vários setores, aumentando a taxa de desemprego, a construção civil continuou com suas obras.
Com boas práticas e os protocolos necessários, o setor gerou empregos, preservou vidas e continuou com a sua atividade produtiva.
Balanço da construção civil em Minas Gerais
A construção civil mineira teve um grande destaque em 2020: o estado foi o maior gerador de empregos com carteiras assinadas do setor no país.
A Sinduscon-MG fez um balanço da área no ano de 2020 e também o que esperar para 2021.
Taxa de juros em menor patamar, o que facilitou a aquisição de imóveis;
Um novo significado da casa própria para as famílias
A utilização de novos protocolos para preservar a saúde dos funcionários;
Rápida adaptação nas vendas dos imóveis online;
No primeiro trimestre de 2020 sofreu uma queda e retração de 8,1% no segundo e o PIB da construção civil cresceu 5,6% no 3º trimestre;
Em avaliação feita por empresários do setor, o patamar das atividades de outubro é maior do que ano passado;
De janeiro a outubro/2020 a Construção Civil gerou 138.059 novos postos de trabalho com carteira assinada no País, conforme os dados do novo Caged, divulgados pela Secretaria Especial da Previdência e Trabalho, do Ministério da Economia.
De janeiro a outubro/2020 a Construção Civil mineira gerou 30.956 novos postos de trabalho com carteira assinada, conforme os dados do novo Caged, divulgados pela Secretaria Especial da Previdência e Trabalho, do Ministério da Economia.
O número de trabalhadores com carteira assinada na Construção Civil no País cresceu 6,4% de janeiro a outubro/2020. Isso significa que, enquanto no final do ano passado o setor possuía 2,167 milhões de trabalhadores, esse número passou para 2,305 milhões em outubro/20.
Quanto ao financiamento de imóveis em 2020
Nos primeiros dez meses de 2020, os empréstimos destinados à aquisição e construção de imóveis, com recursos do SBPE, totalizaram R$92,67 bilhões, o que correspondeu a um incremento de 48,8% em relação a igual período de 2019 (R$62,258 bilhões).
O volume de financiamento de janeiro a outubro deste ano já superou o valor total financiado em 2019 (R$78,702 bilhões). Além disso, o valor financiado em 2020, até outubro, foi o maior para o período desde 2014.
De janeiro a outubro de 2020 foram financiadas 324,6 mil unidades, o que correspondeu a 36,8% de alta em relação a igual período de 2019 (237,4 mil). Foi o maior número de unidades financiadas para o período desde 2014.
O que esperar da Construção Civil em 2021?
A continuidade da baixa taxa de juros. Isso incentiva as construções e vendas de imóveis.
O aumento nas vendas e baixo volume de imóveis disponíveis para comercialização, o que vai gerar o lançamento de novos empreendimentos.
Apesar de termos vivido um ano atípico, o setor da construção civil mineira conseguiu se destacar em meio à pandemia e à crise por ela causada. O balanço da construção civil mostra exatamente isso: a força do setor no Brasil.