O controle de custos é essencial para a lucratividade de uma empresa. Entre as técnicas que auxiliam os gestores a checar os números e apontar possíveis desigualdades, estão a análise das variações. Ela é útil, por exemplo, para calcular a diferença entre os custos padrão e real.
Para além de observar mudanças na contabilidade de uma empresa, a análise das variações permite identificar tendências e os níveis de desempenho em diversos segmentos, da indústria à engenharia.
A técnica contribui ainda para melhorar a tomada de decisões, impulsionando os resultados.
Então, se essa é uma meta para a sua gestão, continue lendo este artigo e saiba como incorporar a análise das variações no dia a dia da sua empresa de engenharia.
Dentro da Contabilidade de Custos, o conceito de custo padrão se refere ao custo planejado de um produto de acordo com condições de operação correntes ou previstas.
Traduzindo para a realidade de uma empresa, isso seria a avaliação dos custos envolvidos no momento de planejar a compra de insumos, levando em consideração experiências passadas.
Existem, pelo menos, 3 tipos de custos-padrão existentes:
Custo padrão ideal: refere-se ao custo obtido em condições ideais, com a empresa operando em sua máxima eficiência e com os menores índices de perdas. Considerando que essa é uma realidade muito difícil de ser atingida, o custo padrão ideal é uma medida mais teórica do que prática;
Custo padrão estimado: equivale ao custo projetado de acordo com dados históricos, sem levar em conta questões como desperdícios, por exemplo;
Custo padrão corrente: no meio termo entre o ideal e o estimado, o custo padrão corrente leva em consideração questões como desperdício e qualidade do material.
Vale ressaltar que os padrões devem ser estabelecidos de forma exata, em um trabalho conjunto dos departamentos de Engenharia de Produção e Contabilidade de Custos.
Logo que a empresa implementa esse controle em seus processos, é comum que aconteçam erros, principalmente por conta do aspecto dinâmico do custo padrão.
Porém, à medida que os profissionais vão ganhando experiência, o controle de custos vai se tornando mais enxuto e eficiente.
O custo real, por sua vez, é aquele que efetivamente ocorreu na empresa.
Ao aplicar a análise das variações, quando o custo real é maior do que o custo padrão, pode-se dizer que as finanças da empresa são desfavoráveis. Quando o custo padrão é maior do que o real, o financeiro fica favorável.
A diferença ou variação entre os custos podem ter diversas origens, como material, mão de obra, questões indiretas de fabricação e até mesmo ser mista, quando combina mais de um fator.
O cálculo do custo padrão é feito a partir da multiplicação da quantidade padrão pelo preço padrão de um material. Para facilitar, utilize a fórmula abaixo:
CP = QP x PP
(custo padrão igual a quantidade padrão multiplicado por preço padrão)
Para calcular o custo real, pode-se utilizar a mesma fórmula acima, no entanto, é preciso antes saber a diferença entre os dois custos para um resultado mais preciso.
Além das características descritas nos tópicos acima, outras diferenças entre os custos aparecem no momento de registro desses valores nos demonstrativos financeiros.
Enquanto os custos padrão normalmente estão inclusos no valor líquido de uma venda, os custos reais são registrados na finalização das vendas.
Outra diferença é que o custo padrão é uma ferramenta que auxilia na preparação do orçamento, sendo registrado no início do período contábil. O custo real, por outro lado, é registrado ao longo desse período.
Antes de destacar especificamente a análise das variações, cabe salientar que os diferentes modelos de análises de dados são extremamente úteis no dia a dia de uma empresa.
Quando a organização é orientada por dados, ou seja, está inserida em uma cultura data driven, ela passa a colher diversos benefícios dessa tecnologia.
Entre os principais estão a melhora na tomada de decisões, que se torna mais precisa, a diminuição dos erros ao longo dos processos, e a facilidade para experimentar novas ideias e rever processos, garantindo uma gestão inovadora.
Tanto para a análise das variações, quanto para outros tipos de análise, um software de gestão integrada permite que a checagem dos dados aconteça de forma automatizada, reduzindo erros operacionais e tornando os resultados mais fidedignos.
Para o mercado de construção civil, um software de gestão de obras contribui para automatizar processos, integrar dados de diversas áreas e fazer a análise das informações com o objetivo de aumentar a eficiência das operações.
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Retomando a análise das variações, é de extrema importância que ela faça parte da gestão contábil, uma vez que ajuda a determinar se a empresa está operando no azul ou no vermelho.
Quando uma análise demora muito para ser feita, a tendência é que o lucro da empresa caia de forma progressiva. Por outro lado, quanto mais cedo a análise das variações for implementada, mais cedo as diferenças serão identificadas e as correções colocadas em prática.
Assim que a análise das variações é concluída, é importante que os gestores indiquem quais foram as causas das possíveis discrepâncias entre os custos e proponham estratégias para minimizar essas diferenças.
Como dissemos no início desse texto, a análise de variações é uma técnica que pode ser implementada em diversos segmentos, inclusive o de engenharia, possibilitando a tomada de decisão de forma mais precisa.
Se você gostou de saber mais sobre os diferentes custos envolvidos em um projeto e quer ficar por dentro de outros assuntos relevantes para a sua gestão, inscreva-se abaixo na newsletter da 90TI e mantenha-se atualizado sobre o mercado de tecnologia para o setor de engenharia.
Até o próximo conteúdo!