4 dicas para evitar erros no seu cronograma de obra
Você sabe qual é a pedra no sapato da construção civil? Ela se chama atraso na execução do projeto. Até porque não basta só a incorporadora se preparar. Há fatores externos que podem comprometer, como demora na entrega de materiais por parte de um fornecedor; as variações climáticas (ainda mais em períodos em que acertar a previsão do tempo está cada vez mais difícil); paralisações de funcionários, e por aí vai!
Embora possa parecer difícil, a tarefa de estabelecer um rigoroso cronograma de obra não é impossível! Quanto mais você se empenha (leia-se aqui: sua empresa e todos os envolvidos no projeto), maiores são as chances de reduzir o impacto desses fatores que não são possíveis de serem planejados.
O passo inicial, obviamente, passa pelas etapas de planejamento, um dos pilares essenciais para uma ótima gestão na construção civil. Veja quais questões precisam ser esclarecidas antes de seguir para o cronograma em si. Ah, lembre-se também que é primordial ter em mãos o prazo final!
Caso você tenha esse ponto bem estabelecido, veja quatro atitudes fundamentais de serem tomadas para ter maior rigor na hora de definir os prazos:
#1 Definição de atividades
Antes de qualquer passo, é importante relacionar todas as tarefas que precisam ser realizadas. Para alinhar bem o que isso significa, no nosso ramo, o termo atividade engloba o conjunto de tarefas que utilizam os mesmos materiais de construção e serviços profissionais.
Não compreender isso, pode levar a falhas como deixar itens muito abrangentes (o que pode ser um perigo!). Dica: se o item pode ser realizado em um único dia, talvez não compense desmembrá-lo. Logicamente, se estivermos falando de tarefas bem similares.
Essa listagem de itens auxilia na construção da Estrutura Analítica do Projeto (EAP) - tradução do termo inglês Work Breakdown Structure (WBS). Dessa forma, essa metodologia chama a atenção para a necessidade de listar todas as atividades que compreendem a finalização do empreendimento.
Há quatro passos, portanto, que singularizam essa etapa:
1º Analisar todo o projeto/ plantas disponíveis;
2º Desdobrar o item maior em tarefas menores;
3º Considere recorrer ao histórico de outras obras similares;
4º Conte com opiniões de terceiros, que sejam especializados na área.
Ao adotar sistemas de gestão especializados em construção civil, a descrição de atividades se torna ainda mais facilitado. Isso porque a ferramenta pode reunir o histórico de outras obras, padronizar campos para que nada seja esquecido e armazenar dados de forma segura.
Ao centralizar as informações, as chances de esquecer alguma coisa fica ainda menor (e seu controle mais seguro!).
#2 Sequência de atividades
Feito o levantamento anterior, é hora de estabelecer a sequência em que as tarefas serão concretizadas. A melhor maneira de fazer isso é definindo o relacionamento entre essas ações (ou seja: qual precisa ocorrer primeiro).
Nesse momento, você vai se deparar com a necessidade de estruturar quais delas tem uma relação de dependência.
Para compreender melhor, vamos levar ao extremo do raciocínio: só será possível fazer o acabamento da parede se já tiver sido passada a primeira demão de tinta. Seguindo a abordagem EAP (recomendada na construção civil), esse momento é chamado de predecessora.
O software da construção civil também pode ser efetivo nessa etapa. Ao definir a sequência das tarefas, poderá facilitar o acompanhamento e a realização delas, de modo que não se perca nenhuma fase que só possa ser percebida mais adiante.
#3 Tempo estimado para cada uma
Se tudo até aqui estiver detalhado, você chegará no momento de atribuir o tempo previsto para que cada atividade se concretize. Embora seja um chute, é a hora em que a sua experiência fala mais alto. Quanto mais olhos estiverem envolvidos, menos chances de falhas no cálculo.
Ao estimar tempo para cada uma delas, você terá uma noção geral sobre o prazo final. E aí que começa a atuação do gerenciamento: vamos supor que ao fim da análise, todo o projeto dure 28 meses e o que foi definido é a finalização em 20 meses. Será a hora de voltar, item por item, e rever.
Caso você tenha o reforço de um software de gestão essa tarefa poderá ser feita com qualidade. Até porque só o fato de ele reunir o histórico das outras incorporações, o prazo atribuído agora estará mais próximo do real (do que simplesmente contar com o seu feeling).
#4 Desenvolver e acompanhar o cronograma da obra
Caso você tenha ajustado os ponteiros na etapa anterior, é hora de recorrer a um formato que possibilite o desenvolvimento de um cronograma. É importante que ele só seja configurado a partir do momento que a data prevista para o projeto tenha sido conciliado com o levantamento de prazos. Tenha atenção para esse fator!
Mas nada é tão importante quanto acompanhar a rotina e a realização das etapas. E aí que o sistema de gestão especializado em construção civil pode se tornar o pulo do gato para o cronograma de obra.
Com um dispositivo conectado à internet, você poderá acompanhar exatamente o que foi realizado, o que está pendente e, principalmente, a projeção se mantiver esse ritmo.
Com dados em tempo real, se torna muito mais fácil gerenciar o canteiro de obras e evitar os prejuízos decorrentes de atrasos (que podem comprometer a qualidade e arranhar a imagem de sua empresa).
Gostou dessas recomendações? Escreva nos comentários abaixo o que achou delas. Fique à vontade também para compartilhar suas dúvidas. Um assunto como esse naturalmente pode gerar inquietações.
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